Olá pessoal,
Hoje gostaria de compartilhar com vocês o testemunho da nossa amiga Dani. Ela é integrante do ministério de dança Transformar-te. Espero que abençoe vocês como me abençoou muito.
Aos 3 anos de idade eu comecei a fazer aulas de ballet na escolinha de jardim de infância e o que parecia uma brincadeira de criança se tornou algo sério na minha vida e permaneci na Escola de Dança até os 21 anos de idade. Formei-me professora aos 15 anos.
Foram 18 anos participando de concursos, viagens, shows, apresentações de final de ano, inauguração de teatros, escolas de dança. Contabilizo cerca de 200 medalhas de 1°, 2° e 3° lugares em competições. Fui bailarina revelação, eleita a melhor bailarina em alguns concursos, até que chegou o dia de “sonhar mais alto”.
Com 15 anos me inscrevi no concurso de paquitas da Xuxa, a geração paquita de 2001. NINGUÉM acreditou que eu pudesse ganhar alguma coisa, já que eu não era tão bonita assim. Na escola de dança que eu cresci, tinham meninas MUITO MAIS lindas, a esperança de todos era nessas.
Surpreendentemente eu fui selecionada para participar das audições e cheguei até a final: perdi a competição em pleno programa de rede nacional. Dentre as 15 finalistas, 8 foram escolhidas e eu não estava entre as tais. Que decepção!!!
Depois de horas de choro e a sensação de um “sonho acabado” voltamos para casa e havia uma festa programada. Quando cheguei as pessoas já não estavam mais, ficaram as flores, os presentes, as mensagens no espelho, os salgadinhos frios, os refrigerantes quentes… Uma cena triste.
Depois dessa experiência, outras vieram: gravei um filme da Xuxa, gravei clipes e programas, tudo isso me ajudou a superar o trauma, mas ainda não era o suficiente.
Menos de um ano depois, chegou o segundo grande desafio: teste para selecionar bailarinas para dançar nos shows da dupla Sandy e Junior em são Paulo. Saímos – 19 meninas e meninos sonhadores – do Rio de Janeiro e fomos em busca de mais um sonho. Cerca de 800 pessoas participaram da competição, apenas 14 pessoas foram selecionadas e adivinhem quem era a única carioca escolhida para dançar no ballet de Sandy e Junior? Isso mesmo: Eu!! Que alegria. Finalmente ia ganhar o mundo e fazer sucesso.
Ai que ilusão! Meu pai foi a uma reunião com a empresa que contratava os bailarinos e adivinhem: eu teria que me mudar para São Paulo e ganhar R$ 75,00 por show. Fazendo os cálculos, somando MUITA BOA VONTADE, não deu! Meus pais não me deixariam morar em Campinas sozinha aos 16 anos e o dinheiro não dava para ir e voltar três vezes na semana: Outra frustração!! Semanas de choro e lamentações.
Mas eu não desisti, apareceu uma audição (teste) para selecionar bailarinas para o ballet do Faustão e adivinhem: não consegui passar! Outros testes para fazer parte de bandas musicais e shows internacionais apareceram e nada!
Até que veio a última cartada: um teste para fazer um show brasileiro em um navio transatlântico, por 1 ano, na Europa. A chance de ouro!!! Enviei meu currículo (escondido dos meus pais, porque não queria decepcioná-los mais uma vez) e comecei a arrumar as malas. Pensei: “É agora! Vou ficar 1 ano na Europa, ganhar em dólar(U$), fazer sucesso e quem sabe eu não fique por lá mesmo ou vá para os Estados Unidos dançar na Brodway!” Pronto! Eu estava decidida a ir.
Depois de tomar a decisão, continuei minha vida normalmente e fui numa tarde de domingo, para a igreja: reunião dos jovens. Eu coloquei o pé no templo e o líder me chamou, imediatamente eu pensei: é hora da confirmação de que eu vou viajar!! Eu tinha a esperança de que ele fosse me falar algo da parte de Deus e realmente falou: “eu estava orando por você Danielle e via uma carta, um convite muito grande chegar às suas mãos, mas o que eu tenho a dizer é que se você for, você não voltará”.
Neste momento, a despeito do que foi falado ou da forma como foi falado, algo dentro de mim gelou. No fundo eu sabia que eu não devia ir a lugar nenhum e assim foi. Abri mão dessa e de outras tantas oportunidades para fazer apenas uma coisa: servir ao Senhor de todo meu coração, alma, talento, força, entendimento.
Hoje tudo faz sentido: A porta que Deus fecha NINGUÉM abre!
E a porta que Deus tinha aberta para mim não tinha nada a ver com fama, brilhos e paetês.
Superadas as frustrações, entendo que Deus SEMPRE me guardou do mal, sempre esteve comigo e me deixou ir até onde não era perigoso. Em lugar de me tornar uma obstinada pela fama, meu maior prazer e alegria foi Deus ter me transformado em uma serva adoradora pronta para usar TODAS as experiências vividas para edificação dos santos. Isso sim é um sucesso!
Que Deus te abençoe por meio deste testemunho!
Daniele Salles